quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Crónica de Ribeiro Cristovão da radio renascença

Um dos poucos artigos de opinião sérios sobre a actualidade do futebol português que li nas últimas semanas:


ÁRBITROS-DIRIGENTES-TREINADORES

A confusão alastra

O futebol português vive um dos períodos mais conturbados dos últimos tempos, quase a deixar a ideia de que estamos à beira do estado de sítio.
Com os árbitros é o que se sabe: de um lado, o seu responsável máximo a dizer que o trabalho dos juizes os coloca ao nível dos melhores do mundo; do outro, o resultado desse trabalho, que nos entra pelos olhos/casa dentro, ao qual ninguém pode atribuir nota acima do sofrível.
Há muitas histórias pelo meio de tudo isto. E, igualmente, muitas tiradas infelizes que, que levadas a sério, levariam ainda mais público a fugir dos estádios.
Hoje, chega a notícia segundo a qual Pedro Henriques está nomeado para um desafio organizado pela Federação.
E a Liga, esqueceu-se que existe? Incomoda quem? Será porque muitos o consideram o melhor árbitro da actualidade, e isso desagrada ao chefe do clã?
No sector do dirigismo é um pandemónio, e quase ninguém se entende. As rivalidades e, pior do que isso, os ódios instalados há muito, não permitem uma abordagem séria e tranquila das questões que só os dirigentes podem resolver.
Mesquita Machado acaba de dizer adeus à Mesa da Assembleia Geral da FPF. No rescaldo de muitas afirmações feitas nos tempos mais recentes, a sua atitude não poderia ser outra. Ficamos à espera, para ver se há mais alguém com coragem de lhe seguir o exemplo.
E quanto aos treinadores, também se tem visto de tudo: aqueles a quem a falta de educação não dá espaço para mais, os que nunca assumem os seus erros, ou ainda os que só têm voz quando são prejudicados.
Por treinarem equipas de topo, tomo como exemplos Jesualdo Ferreira e Jorge de Jesus.
O primeiro permite-se criticar erros cometidos em jogos em que não intervém directamente, para depois se escusar a falar dos erros que acontecem mesmo à sua frente.
O segundo, Jorge de Jesus, com pesos e medidas diferentes na análise e reacção a jogos em que a sua equipa sai sucessivamente prejudicada.
Com o Benfica, fala em campeões de playstation; do Porto, limita-se ao mínimo, para não ser acusado de silêncio. Francamente, escusava de nos deixar já pistas tão seguras de que será a primeira opção de Pinto da Costa para a próxima temporada.
Ribeiro Cristovão

http://www.rr.pt/BolaBrancaDetalhe.aspx?AreaId=12&ContentId=263947

Sem comentários:

Enviar um comentário